Assedio moral contra o empregado domestico
1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
ASSÉDIO MORAL E SEXUAL CONTRA O EMPREGADO DOMESTICO
Durante grande período da civilização, sempre foi associado o trabalho ao sofrimento e desventura. Entendido pela sociedade mais antiga, como um tipo de atividade desprezível e insignificante para o homem livre, o trabalho era destinados aos escravos ou àqueles que por algum motivo tivessem perdido sua liberdade.
Na sociedade da Antiguidade, diversas pessoas eram condenadas como coisas (res), submetendo-se às piores condições de trabalho, cometendo seus “donos” os mais diversos abusos.
Apesar da sociedade desamparar os escravos, havia tipos de escravos que possuíam algumas formas de regalias: que os escravos urbanos e mineiros. Estes possuíam tratamento diferenciado dos escravos rurais, principalmente por conviverem de forma mais direta com seus senhores, sendo os mineiros jugulados aos piores tipos de trabalho e de existência.
Com a ideologia do Feudalismo, já se podia observar um regime intermediário de trabalho, algo entre escravidão e trabalho livre. Por sua vez, nesse novo modelo de sociedade, o escravo ou o servo, submetiam-se ao seu detentor. Todavia o servo não se sujeitava à autoridade do senhor feudal, diferentemente do escravo. Terminada essa fase, o trabalho já passa a ser visto de forma diferente, como uma atividade positiva.
Com a chegado da Revolução Industrial, no século XVIII, e sua consolidação no século XIX, pode se observar uma constante evolução da ciência e da técnica com aplicação nos processos produtivos, proporcionando assim o crescimento da industria e do comercio, fazendo com que fosse favorável a substituição do trabalho escravo e servil pelo trabalho assalariado. Foi também nesta mesma época que a mulher foi inserida no mercado de trabalho para que se pudesse atender a demanda da industria manufaturista. Este período serviu também para demarcar a desigualdade profissional, meio à inferiorização salarial, tendo as mulheres