Aspéctos historicos
A pré-história do Paraná abrange vários milênios. Vestígios mais antigos, encontrados no Rio Paraná, datam de cerca de 7.800 anos; nos sambaquis do litoral são da ordem de 5.600 anos.
Os restos arqueológicos encontram-se predominantemente em depósitos conchíferos de origem antrópica, conhecidos como sambaquis, o que demonstra as atividades do homem pré-histórico nos seus hábitos alimentares e nos seus usos e costumes, aproximadamente entre 6.000 e 2.000 anos passados.
Na época dos sambaquis a paisagem era diferente, a extensão das águas do sistema lagunar bem maior e o nível do mar diverso do atual, geralmente mais elevado. Na parte meridional da Ilha do Mel encontram-se dois sambaquis, um na planície arenosa nas imdiações norte do Morro Bento Alves, e outro no seu costão, voltado para o Mar de Dentro. Embora de idade desconhecidas, revelam ocupação multimilenar da Ilha do Mel pelo grupo Gê, anterior ao aparecimento dos tupi-guaranis na orla costeira. Além dos sepultamentos, nos sambaquis são encontrados artefatos líticos diversos e numerosos vestígios de fogueiras. Em sua dieta o homem do sambaqui utilizava moluscos principalmente ostras e berbigões, além de peixes e crustáceos e outros animais abundantes na região.
Na época do descobrimento o litoral do Paraná, particularmente as margens da Baía de Paranaguá, era habitado pelos carijós, indígenas do grupo étnico tupi-guarani. Cronistas referem-se aos carijós como indios de índole afável, pouco belicosos e de boa razão. Sustentavam-se de caça e pesca, bem como de lavouras. As casas eram bem cobertas e tapadas com cascas de árvore por causa do frio do inverno. Seu patrimônio genético contribuiu para a formação étnica do litoral.
O elemento humano que povoou por muito tempo o litoral paranaense foi o caboclo descendente do português, miscigenado inicialmente com o indígena e posteriormente com o africano. Em 1545 colonos lusos estabeleceram-se no Superagui, e entre 1550 e 1560 na Ilha da