Aspectos da história do serviço social no brasil (1930 – 1960)
• O Estado Novo e o Desenvolvimento das Grandes Instituições Sociais
A historiografia oficial admite que a partir de 1937, a fase que se abre é marcada pelo aprofundamento do modelo corporativista e por uma nítida política industrialista. A participação da burguesia industrial na gestão do Estado aparece no quadro corporativo através de suas entidades representativas, que indicam delegados para planejar e implementar as políticas estatais.
A consolidação progressiva da supremacia industrial, baseada numa aliança com as forças políticas e econômicas ligadas à grande propriedade rural, traduz o caráter não antagônico de suas contradições ao nível econômico e político. O afluxo continuado de populações advindas da agricultura altera a composição política e social da cidade. E a utilização delas é um elemento dinâmico que a estrutura corporativista canaliza para o fortalecimento de seu projeto, neutralizando seus componentes autônomos e revolucionários.
A Legislação Social tem papel essencial nessa integração ao regulamentar e disciplinar o mercado de trabalho, trazendo o avanço da subordinação do trabalho ao capital.
A repressão varguista ataca os componentes autônomos e revolucionários do proletariado e, sobre tudo aquilo que ameace fugir aos canais institucionais criados para absorver e dissolver esses movimentos dentro da estrutura corporativa.
O Estado, por sua vez, procura a integração e a mobilização controladas dos trabalhadores urbanos pela incorporação e falsificação burocrática de suas reivindicações. A paz social do Estado corporativo pressupõe o surgimento constante de novas instituições: Seguro Social, salário Mínimo, Assistência Social, Justiça do Trabalho, dentre outras.
A Legislação Sindical (1939) e o Imposto Sindical estão ligados à preocupação de impedir o esvaziamento dos sindicatos e de recriar em seu interior condições de mobilização – controladas pelo Estado. Inclusive, em 1943, é