aspectos atividade juridica
Capítulo 5 - AS ESCOLAS DE DIREITO NO QUE TANGE AO PREPARO PSICOLÓGICO
Carlos Aurélio Mota de Sousa
SUMÁRIO: Introdução 1. O nível psicológico do estudante de Direito hoje. 2. O Ensino Jurídico no 1º ano das Faculdades: a) A sobrecarga de matérias teóricas; b) Estímulos para gostar do Direito; c) Filosofia e Oratória, práticas esquecidas. O ideal inicial de busca da justiça e a preparação a uma carreira jurídica estável são, ao que parece, os dois grandes estímulos psicológicos do estudante de Direito, hoje. Disciplinas consideradas auxiliares do Direito – Economia, ou Ciência Política, Sociologia – embora necessárias, deveriam ser ministradas por bacharéis em Direito, com formação em cada uma dessas disciplinas. A questão se resume em métodos pedagógicos: em que pese a qualidade e especialização dos professores dessas matérias, ocorre freqüentemente que lecionam a “sua disciplina”, como se o Direito estivesse distante da Economia, da Ciência Política, Antropologia ou da Sociologia, ou outra de conteúdo não jurídico. Tendo uma visão “intra” do Direito, estes professores podem trazer uma contribuição inestimável ao acadêmico, em seu primeiro encontro com o Direito, em conjunto ou em paralelo com as disciplinas do 1.º ano, especialmente Introdução ao Direito, que consideramos deva ser eleita para orientar o ensino das demais disciplinas. Deslocar para o 1.º ano o estudo da Filosofia, geralmente abordada no 3.º ou 4.º ano, pode se constituir em um avanço intelectual, por despertar logo de início o gosto pela matéria, desde que no 3.º ou 4.º ano se volte a estudá-la como Filosofia do Direito. Não há que se olvidar, igualmente, do estudo da Ética e da Ética Profissional do advogado, distintamente, como disciplinas humanizantes, que auxiliam a formação mesma do profissional.
Estímulos para gostar do Direito Um currículo equilibrado de matérias teóricas e práticas, desenvolvido por métodos pedagógicos