Aspecto crítico da escassez da água
Colégio Fênix – PV02
Se souber usar, nunca irá faltar
Tornou-se possível analisar o intenso escoamento hídrico da nascente da história humana, perpassando esse fluxo pela dominação do homem sobre a natureza que o cerca, em direção à foz contemporânea que vem tendo seu leito reduzido. Desse modo, as águas banharam o passado poderão não saciar a sede em um futuro não tão distante; afinal, a montante historicista fora e continua sendo amplamente degradada com avalanches de desperdícios, com vazamentos de verbas governamentais e com os castigos do intemperismo ambiental oriundo da ação antrópica, que poderão cessar o desague nas jusantes do amanhã. É inegável que as águas fluviais sempre desembocaram por inúmeros canais do historicismo humano e que essas, como condição sine qua non, transformaram o curso da vida terrestre, seja na gênese dos primeiros organismos, seja na fixação de grupos que firmaram as primeiras civilizações. As mais diversas significações à água também navegaram junto à evolução do homem, uns valorizavam seu caráter divino-mitológico, outros a privilegiaram como rota de conquistas territoriais e muitos ainda priorizam seu papel econômico como força motriz do desenvolvimento. Entretanto, torna-se cada vez mais difícil manter íntegro o elemento “matriz de todas as coisas” como ratificara o filósofo Nietzsche. É notório que o recurso vital em debate vem enfrentando uma grave crise de abastecimento, que o estresse hídrico passou a ser realidade nos quatro cantos do país e que, infelizmente, a perspectiva porvir seja de uma maior escassez, caso não haja uma mobilização ancorada na conscientização ecológica. Tal problemática, que dantes era exclusiva de sertanejos e de nordestinos miseráveis, hoje, assola quase que a totalidade do território nacional, devido à baixa pluviosidade factual somada ao consumo errôneo desse artifício natural. De fato, a civilização humana desenvolveu-se de maneira paradoxal e descompassada em relação à