Raizes do Brasil resumo introdução e cap 4
Disciplina: Pensamento Social Brasileiro: Perspectiva Sociológica
Professora: Soraia Vieira
Aluna: Geosana Pereira Estani
Resenha do Prefácio e Terceiro Capítulo do Livro “Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Holanda
O nome do livro, Raízes do Brasil, é bastante sugestivo, sobretudo quando existe uma busca para se compreender o comportamento ou pensamento social, político e econômico do Brasil de hoje, resgatando do passado suas raízes históricas.
Publicado pela primeira vez em 1936 – três anos após a primeira edição de Casa-grande e Senzala, de Gilberto Freyre – Raízes também segue a linha da análise social, mas em formato diferente: bem mais curto e sucinto, perde para Casa-grande no apelo à imaginação, mas tem um texto preocupado com o estilo – bem diferente, por exemplo, de Formação do Brasil Contemporâneo, de Celso Furtado, de 1942.
O autor apresenta, de uma forma abrangente, a maneira com a qual a Europa influenciou o Brasil: desde a colonização, passando pelas relações patriarcais e escravagistas, o “homem cordial” e a cultura, deixando também uma “herança rural”.
É justamente dessa estrutura rural e seu impacto na formação da sociedade brasileira que trata o terceiro capítulo, tendo como ponto de vista inicial a abolição da escravatura como divisor de águas na história social do país. O autor mostra a dependência brasileira do tráfico de escravos, e como o processo de extinção da escravatura influenciou a mudança de referencial – agrário para urbano – da sociedade.
Com a sua economia baseada no campo, nosso país viu toda a estrutura de decisões – inclusive políticas – partir de dentro da casa-grande: os filhos dos latifundiários tornavam-se políticos, militares e profissionais liberais, elegendo-se ou fazendo eleger quem desejavam. Esses mesmos personagens, estabelecidos no poder pela base agrária, acabavam por tomar atitudes que, ao fim, contribuíram para minar o próprio sistema e enfraquecer o campo e o sistema