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Mas a escola, "a turma", é também o espaço da adolescência. A "idade do armário", o desafio da autoridade, a necessidade de afirmação frequentemente um pouco estúpida. A habilidade maior do filme de Cantet está em não traçar uma distinção clara entre o que se justifica "sociologicamente" e o que não tem outra explicação que não passe pela psicologia adolescente. No debate que se seguiu à apresentação do filme no DocLisboa, na semana passada, alguém na assistência mencionou o clima de "guerra" constante que marca a relação, numa escola contemporânea, entre professores e adolescentes. "A Turma" filma muito bem essa guerra, capta muito bem o "teen power" (que é uma coisa recente de que os adolescentes se viram investidos por uma cultura, televisiva, publicitária, totalmente virada para eles, e pelo fácil acesso a todo o tipo de informação, mesmo que "inútil") e a espécie de variação sobre a luta de classes que