As vertentes do design
Em artigo publicado em 2000 pela Revista da Famecos – PUC/RS, o Professor Flávio Vinícius Cauduro enfoca o design na pós-modernidade. Uma excelente releitura que faz uso da metáfora do Palimpsesto como analogia da estética visual utilizada por designers pós-modernos. Segundo Cauduro (2000 APUD LIPPARD, 1966, p. 24) trabalhos serigráficos de Robert Rauschenberg (pode ser visualizada a seguir) a partir de 1962, são um exemplo bastante elucidador de uma estética palimpsestica. No entanto, a abordagem que mais reverbera, para fins da história recente do design, parece ser a sintetização e apresentação de cinco diferentes vertentes do design pós-moderno, sendo elas: a) Tipografia New Wave e outras estéticas a partir dos anos 1970; b) O grupo Memphis de Milão e os designers de San Francisco (EUA) a partir dos anos de 1980; c) o movimento Retro com base na recuperação do vernacular e do moderno atravéz de uma mistura eclética a partir de 1980; d) revolução digital que considera as primeiras intervenções de design com base numa linguagem mais própria das ferramentas digitais dos computadores; Mesmo que não esteja categorizada como uma vertente com musculatura para existir, Cauduro (2000, p. 132) enfatiza que “merece ainda menção a radicalização do design gráfico proposta pelos trabalhos “irracionais” de David Carson, década de 90, através de revistas de surf e de rock music, e que parece querer fundamentar a prática do design no fim do milênio em bases dadaístas e anarquistas”.
Não tratou-se tão simplesmente de uma mundança visual posta em curso por designers eficientes. Foi uma tradução das profundas transformações sociais. Os aspectos estéticos vistos no design após a década de 1970, emergiram em função de micro-crises do modelo de confecção gráfica estruturalista bauhauseana que “pregava a estetização calculada” dos produtos industriais do design (CAUDURO, 2000, p. 130). Além de traduzir estas