AS REVOLUÇÕES RUSSAS E O SOCIALISMO SOVIÉTICO
Gorbatchov (ultimo líder da união soviética) exprimia as pressões diversificadas por mudanças.
De um lado, as mutações sociais verificadas nos últimos trinta anos, que se acomodavam mal as tradições centralistas e autoritárias do Estado soviético.
De outro, os desafios impostos pela competição internacional numa revolução cientifico-tecnologica que transformava a paisagem econômico-social dos países capitalistas avançados registrando o aparecimento de novos setores, novas fronteiras econômicas, de sofisticada tecnologia e alta produtividade.
A União Soviética poderia perder a condição de superpotência se não respondesse a altura, adequando a sociedade e economia aos novos parâmetros.
Rapidamente, Gorbatchov impôs-se na cena internacional.
A URSS com uma economia bem menor do que a dos EUA tinha de competir de igual para igual na área militar, o que dificultava ou impedia que recursos consideráveis disponíveis – humanos e materiais – fossem canalizados para outras direções e, sobretudo para o atendimento das demandas da sociedade em serviços públicos de qualidade e em bens de consumo sofisticados (automóveis eletrodomésticos).
Assim, desde outubro de 1985, apareceu uma perspectiva mais ambiciosa, traduzida numa outra palavra russa, a perestroika (reestruturação). Não se tratava mais de acelerar simplesmente os ritmos de um sistema, mas de reformá-lo em profundidade, reestruturá-lo.
Em um livro de autoria do próprio Gorbatchov, uma análise era formulada sem concessões do socialismo soviético e de seus impasses. Havia problemas estruturais que se acumulavam no país, tais como: desperdícios colossais, excessivo