As relações públicas no âmbito dos social media
Paul Seaman, autor do texto em análise, exerce uma crítica aos novos media sociais e à forma como estes vieram influenciar o público e as suas relações com as instituições, tendo repercussões, em última instância, nas actividades de Relações Públicas. Mas, afinal, o que são os novos media sociais? Em que diferem dos media tradicionais? Os media sociais promovem a necessidade humana de interacção social e apoiam-se na Internet e em dispositivos móveis, onde possibilitam não só disseminação da informação entre o público, como também a própria produção da informação por parte deste. Assiste-se, portanto, à democratização da informação e à passagem de um público consumidor para criador de conteúdo, contrariando a génese dos meios de comunicação tradicionais.
Esta ideia tem repercussões a nível das Relações Públicas, uma vez que se assiste à perda de importância das instituições, provocando a consequente falta de confiança do público nestas. Ora, com as instituições nesta situação, qual o papel das Relações Públicas? O autor afirma que se pretende reestruturar totalmente as regras da comunicação e discorda veementemente desta ideia, assumindo o seu, talvez demasiado, conservadorismo. Apresenta, por isso, alguns argumentos que reforçam a ideia de que os media sociais são prejudiciais: em primeiro lugar, reivindica a função dos meios de comunicação enquanto transmissores da perspectiva de um público, sendo que os media sociais, enquanto forma pessoal e instintiva, nunca poderão assumir esse papel. Além disto, está o facto das plataformas de informação online não se poderem constituir nunca enquanto empresas, uma vez que não