As reformas religiosas e os estados absolutistas
1. No início da Idade Moderna, várias regiões de Europa estavam devastadas pelas guerras, fome e pela peste. Essa situação contribuiu para o aumento da sensação de medo. Medo das doenças, do fome, das guerras, enfim, medo da morte e da ira de Deus. Com isso as pessoas passaram a se preocupar mais com questões de ordem religiosa e espiritual, com a salvação da alma. Essa salvação passava pela prática de “boas obras” e pelo perdão, esse último obtido por meio das indulgências. Os cristãos precisavam cumprir rigorosamente os mandamentos, os sacramentos e todos os ritos da Igreja.
2. A imprensa surgiu a partir da invenção de tipos móveis, pelo alemão Johannes Gutenberg, no século XV. A impressão de livros eram mais eficiente que a cópia manuscrita, permitindo que um número cada vez maior de pessoas tivesse acesso a informação de diversos tipos. Entre a elite, ampliou-se a divulgação de livros sobre filosofia, teologia e ciência, além de biografias de pessoas ilustres. Já nos meios populares, o número de analfabetos foi gradativamente diminuindo no decorre da Idade Moderna. Com isso, houve um aumento da produção de panfletos e livros de diversos assuntos.
3. Martinho Lutero considerava a Igreja Católica corrompida, principalmente pelo estímulo que era dado à venda de indulgências. Preocupado com essa questão, Lutero formulou suas 95 teses denunciando, entre outras coisas, a venda de indulgências pela Igreja Católica e as fixou na porta da Igreja de Wittenberg.
4. a) Lutero fundamentava a sua doutrina na ideia da justificação pela fé, a salvação dependeria da crença das pessoas em Deus e na Bíblia, como fonte de revelação da vontade de Deus, sem a necessidade da mediação de um clérigo entre e os homens. Para facilitar a interpretação bíblica, Lutero traduziu a Bíblia para o alemão. Ele também defendia o sacerdócio universal e negava a autoridade do papa.
b) A doutrina calvinista se caracterizava pela teoria da predestinação, ou seja, a salvação ou