As perspectivas da crise economica para o brasil
O mundo encolheu e as informações são difundidas cada vez mais rapidamente. A esses fenômenos podemos nos referir como sendo algumas das facetas da globalização. Dentro desse contexto, a economia tornou-se extremamente delicada e em um equilíbrio, por assim dizer, instável. Boatos, guerras, greves e falências podem gerar um pânico em várias bolsas de valores ao redor do mundo, bem como motivos aparentemente antagônicos, como a falta ou o excesso de crédito. Vemos isso na crise que se iniciou em 2008, na qual, assim que a bolha especulativa imobiliária estourou, não só a bolsa americana entrou em queda, mas também várias outras bolsas, assim como o PIB de vários países, como Japão, ou de blocos econômicos, como o europeu – que apresentou a maior redução de seu produto interno bruto desde a formação da Zona do Euro – apresentando essa catástrofe econômica, como um de seus principais efeitos, o surgimento da crise dessa união econômica e monetária.
O Brasil também sofreu com o desenrolar dessas crises: a indústria brasileira, que já vinha sofrendo com a perda de competitividade no cenário internacional por políticas internas, sentiu-se ainda mais afetada com a diminuição da demanda externa de seus produtos, motivada pelos arrochos de importação nos países em crise e pela desvalorização do dólar, gerando o aumento do real, moeda já considerada estável.
Entretanto, para o Brasil, a sua característica de não ter um setor industrial com tanta dependência no mercado internacional, justamente pela falta de competitividade industrial e pela sua condição de país “celeiro do mundo” e exportador de commodities, parece ter tido um essencial papel no que diz respeito aos efeitos da crise dento de nosso território. Isso tudo acabou por fazer com que fôssemos menos afetado pela crise, pois menos de 20% do PIB brasileiro encontrava-se diretamente atrelado ao mercado externo, ou seja, nós tínhamos um perfil de economia bem mais fechada do que da média dos países