As palavras de Euclides da Cunha em
E diante do que eu estou vivendo no momento, diante das circunstâncias que me cercam de ameaças, de escárnio, de contestação, de processos sem causa, eu me recordo de que o sertanejo é antes de tudo um forte, e tento me lembrar do que isso queria dizer para mim.
Pobreza da terra, pobreza do homem.
João Vicente Ferreira, meu pai, sustentava com dificuldade a família e, logo cedo, como todos os meninos pobres do nordeste, eu devia ganhar meu próprio sustento e ajudar a família.
Não consegui ir além do primeiro grau, pois devia arranjar logo um emprego. Devia contribuir, sobretudo, para a educação das quatro irmãs, que assim puderam se formar.
Não encontrei, portanto, as agruras do Nordeste pelos livros ou pela literatura, nasci aí, cresci no meio das durezas dos que são pobres, na terra onde as crianças, desde cedo, são sertanejos fortes, pois já experimentaram tudo --da inclemência implacável da paisagem, e da desigualdade social que segrega nossa humanidade, excluindo os despossuídos do convívio da economia e da cidadania.
Fui para São Paulo, em busca de trabalho e de esperança. Deus me ajudou. O nordestino tornou-se um caixeiro-viajante e essa alquimia permitiu-lhe estabelecer-se como próspero comerciante.
Eu relembro esses fatos neste momento, porque eles são indicadores de um rumo, uma orientação fundamental em minha vida: pois o político levou o bem sucedido comerciante à bancarrota. E arrastou na correnteza também o patrimônio de Catharina Amélia, uma mulher rica antes de casar-se com o comerciante que tomou a decisão de assumir a política como vocação e como destino.
Conheci Amélia e me casei com ela em Aparecida, a cidade que é um farol para a cristandade brasileira. É assim que a vejo: como a companheira inseparável, a conselheira de todas as