As oito idades do homem
1. Confiança Básica Versus Desconfiança Básica
O primeiro estágio do esquema de Erikson corresponde ao estágio oral da teoria psicanalítica clássica e, em geral, transcorre durante o primeiro ano de vida. No entender de Erikson, a nova dimensão social que emerge, durante este período, é de confiança básica, num extremo e a desconfiança, no outro. O grau em que a criança vem a confiar no mundo, nas demais pessoas e em si própria, depende em grande parte da qualidade dos cuidados que recebe. A criancinha cujas necessidades são satisfeitas logo que aparecem cujos desconfortos são prontamente atendidos, que é acariciada, com a qual se brinca e conversa, desenvolve uma noção do mundo, como sendo um lugar seguro de estar e, das pessoas, como prestativas e dignas de confiança. Quando, porém, os cuidados são irregulares, insuficientes e com a marca da rejeição, promove, a desconfiança básica, uma atitude de medo e suspeita, de parte da criancinha, quanto ao mundo, em geral e às pessoas, em particular, que permanecerá durante os estágios posteriores de desenvolvimento. Cabe dizer, nesta altura, que o problema básico de confiança versus desconfiança não se resolve de uma vez e para sempre durante o primeiro ano de vida, pois torna a reaparecer em cada um dos sucessivos estágios do desenvolvimento. E, nisso, tanto há esperança como perigo. A criança que entra na escola com a ideia de desconfiança pode vir a confiar em determinado professor que se dê ao trabalho de tornar-se merecedor dessa confiança e, com esta segunda oportunidade, a criança supera a desconfiança inicial. De outro lado, a criança que atravessa a infância com uma noção vital de confiança, ainda poderá ter seu senso de desconfiança ativado em estágio posterior da vida se. Por exemplo, seus pais se divorciarem ou separarem em circunstâncias desagradáveis.
2. Autonomia Versus vergonha e duvida
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