trova
Na idade media século XII, surgiu o movimento literário, chamado de Trovadorismo. Os trovadores eram homens nobres que escreviam músicas. Essas eram acompanhadas de instrumentos musicais, normalmente, poesias e cantigas. O trovadorismo foi à primeira escola literária portuguesa.
Trovadorismo corresponde à primeira fase da história portuguesa ao período da formação de Portugal como reino independente. É o período literário que reúne basicamente os poemas feitos pelos trovadores para serem cantados em feiras, festas e nos castelos durante os últimos séculos da Idade Média, subdivide-se em três categorias:
Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não.
Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos.
Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido).
Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu - lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amiga nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.
Autores e Obras: Os mais conhecidos trovadores foram: João Soares de Paiva, Paio Soares de Taveirós, o rei D. Dinis, João Garcia de Guilhade, Afonso Sanches, João Zorro, Aires Nunes, Nuno Fernandes Torneol.