As Oitavas de Newlands
Em 1864, o músico John Newlands organizou os elementos químicos em uma tabela obedecendo a uma sequencia de ordem crescente de suas massas atômicas, chamando a atenção a um fato que julgava bastante intrigante e de enorme relevância: o oitavo elemento, a partir de um primeiro qualquer, seria uma espécie de repetição por suas semelhanças, o que lembraria a escala musical, onde a oitava nota lembra a primeira, (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó, ré, mi, fá ...). Esta foi outra tentativa de ordenação para os elementos químicos, a qual mostrava uma certa periodicidade.
Conforme pode ser observado na figura abaixo, Newlands mostrou algumas regularidades interessantes entre alguns dos elementos químicos conhecidos na época, como o lítio (Li) e o sódio(Na) e entre o magnésio (Mg) e o cálcio (Ca), conforme hoje são conhecidas. Mas Newlands percebera que sua tabela somente funcionava corretamente para as duas primeiras oitavas; nas demais haviam muitas inconsistências.
Seu trabalho ficou conhecido como Lei das Oitavas de Newlands, e pode-se dizer que em alguns aspectos fora a mais eficiente classificação dada aos elementos até então. Entretanto, em alguns casos essa regularidade não era observada; “...as propriedades do ferro não são parecidas com as do enxofre e as do oxigênio, e nem o comportamento do manganês lembra o do fósforo ou o do nitrogênio: enquanto o manganês e o ferro são elementos metálicos, duros e bons condutores térmicos e elétricos, o fósforo e o enxofre não têm características metálicas, são relativamente moles e maus condutores de calor e cargas elétricas”.
Assim, apesar de apresentar uma maior sofisticação que os anteriores e de constituir um importante passo ao estabelecimento definitivo da classificação periódica dos elementos, Newlands em sua tabela não encontrou grande receptividade entre os químicos da época.