As Mutações do Trabalho na Sociedade: da Rigidez à Flexibilidade
Atravessamos um período histórico assinalado por múltiplas crises e mudanças, provavelmente ancoradas numa tecnologia propiciadora de uma nova cultura organizacional. Este movimento da história produz um reordenamento da divisão social do trabalho, capaz de fornecer elementos para o repensar da relação entre capital e trabalho. Na marcha de transformações suscitadas também pela globalização do mercado, o que se pergunta é como promover o enrriquecimento das empresas sem afetar o bem-estar dos trabalhadores, por meio da ética e da responsalidade social do empresariado.
Nos desdobramentos da história, várias revoluções atingiram as mais diversas dimensões humanas, quer religiosa, política, econômica, ética ou cultural. Na marcha da história da humanidade, o Homo sapiens imprime sua presença por meio de grandes transformações.
A tecnologia passou, cada vez mais, a substituir o espaço de trabalho tradicionalmente ocupado pelo homem e a excluir do processo produtivo milhões de pessoas.
Apesar da crença atual no poder da tecnologia para construir a sociedade da abudância e do tempo livre, da utopia da era da informação e da convicção de que aquele que a detém poderá dominar o mercado e a sociedade ou contribuir para a libertação da humanidade, talvez estejamos passando por uma das maiores crises da história, marcada pelo desemprego e pelo comportamento antiético. A tecnologia, criatura, voltou-se contra o criador e suas maiores vítimas são os trabalhadores, as crianças e os idosos. É uma crise que se direciona não somente contra o homem, mas que atinge todo o planeta. O desafio do campo produtivo é se estruturar não só pela perspectiva do lucro mas também pela garantia do bem-estar social.
Neste cenário, o mundo clama por renovações éticas e educacionais, pela reforma das instituições. Essas reformas têm que mirar ao fortalecimento da solidariedade. O homem só pode se descobrir a medida que se