as multiplas dimensões do ser humano
Robert Panasiewicz
Três são as dimensões fundamentais que estruturam o ser humano: o corpo, o psíquico e o espírito. Deveriam conviver em harmonia, porém não é sempre assim, por isso as crises existenciais.
O corpo é onde tudo começa concretamente. O foco central da existência humana é que o ser humano nasce corpo biológico, se exterioriza, desenvolve suas potencialidades e passa a construir um mundo com sentido.
A dimensão psíquica do ser humano encontra-se entre o corpo e o espírito. É, portanto, estruturalmente mediadora. A forma de o psíquico captar e organizar tempo-espaço é diferente do corpo. Aquele ordena o fluxo da vida em termos de percepção, representação, memória, emoção, pulsão e razão. O imaginário, o afetivo e o racional convergem para a construção da unidade consciencial, demarcando seu eu interior.
É no espírito que a unidade do ser humano torna-se realidade. Há uma consumação da unidade entre corpo-psiquismo-espirito. O equilíbrio entre corpo, psiquismo e espírito é essencial para que o ser humano mantenha sua unidade existencial-transcedental. Neste horizonte, ele percebe-se vivo, desejante, livre inteligente, racional e consciente.
Há uma unidade essencial entre corpo-psiquismo-espirito na existência humana. Enquanto corpo, este aparece ao mundo, se exterioriza. O psiquismo humano não fica no isolamento corporal. Ele convida para a relação intersubjetiva. O corpo não fica mais isolado e busca, agora, reciprocidades. A transcendência provoca aprofundamento do ser e releituras na maneira do viver humano, insistindo na construção do sentido e ainda apontando para a dimensão do mistério que envolve e ultrapassa a vida, buscando sua expressão maior no absoluto.
Estes três termos: pessoa, sujeito e individuo, resguardam cada qual, sua especificidade, porém numa mútua interpenetração. Assim, podemos compreender a pessoa como particularidade de cada existência situada na história. Ela possibilita que cada