As Mudan As E O Ideal De Democracia Na Educa O Brasileira
A Primeira República é um período marcado pelo federalismo que, de uma determinada forma, cria uma desigualdade política, uma vez que prevalecem apenas os interesses políticos que envolvem, praticamente, três cidades: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Em virtude dos acordos realizados politicamente, a educação passa a ter um único objetivo, o voto: “vamos educar para conquistar o maior número de eleitores, para que assim possamos incluir o maior número de representantes assumindo cargos políticos”.
Essa visão predomina até a Primeira Guerra Mundial. Ao final da guerra, o pensamento positivista para a educação chega ao Brasil, trazido por Benjamim Constant, que assume o Ministério da Instrução, Correios e Telégrafos, e, nesse cargo, realiza uma significativa Reforma Educacional. Sua reforma privilegia, na educação, um ensino mais científico do que intelectual.
A industrialização e a grande urbanização ocorrida após a Primeira Grande Guerra propicia o nascimento de uma nova burguesia, que passa a priorizar o acesso à educação.
Na década de 1920, surgem alguns intelectuais que trazem consigo um espírito renovador e promovem mudanças. Acontecem os movimentos culturais como, por exemplo, a Semana de Arte Moderna e a criação da Associação Brasileira de Educação (ABE). Em 1924 dá-se início a uma discussão mais concreta sobre os rumos da Educação Brasileira e as mudanças que se fazem necessárias naquele momento.
Fonte: http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=search&w=1&txt=document&p=2
Nasce o que se pode designar de um pensamento liberal democrático, movimentando a discussão em defesa de uma educação pública, laica, gratuita à qual todos tenham pleno acesso. A educação passa a ser discutida em âmbito nacional.
Esse movimento criado por intelectuais e educadores dá origem a um documento que irá contemplar todos os ideais de uma educação democrática, combatendo a educação elitista. É o Manifesto dos