as leis dos três estágios
Augusto Comte afirma que todas as concepções humanas passam por três estágios, começando pelo modo teológico de pensar avançando por meio do modo metafísico, para por fim poder chegar ao estágio positivo ou científico. O estágio positivo ou científico é o ápice do pensamento humano, no qual a ciência fornecerá ao homem o domínio sobre a natureza algo indispensável para o conhecimento da sociedade.
“1Estudando o desenvolvimento da inteligência humana [...] desde sua primeira manifestação até hoje, creio ter descoberto uma grande lei fundamental [...]. Esta lei consiste no seguinte: cada uma de nossas concepções principais, cada rumo de nossos conhecimentos passa necessariamente por três estágios teóricos diferentes: o estágio teológico ou fictício; o estágio metafísico ou abstrato; o estágio científico ou positivo [...]. Daí três tipos de filosofias, ou de sistemas conceituais gerais, sobre o conjunto dos fenômenos, que se excluem reciprocamente. O primeiro é um ponto de partida necessário da inteligência humana; o terceiro é seu estágio fixo definitivo; o segundo destina-se unicamente a servir como etapa de transição”.
“O Estado Teológico é o primeiro estágio do desenvolvimento humano. Tudo é explicado pelo sobrenatural, ou seja, pela ação de entidades poderosas que ordenam e criam a realidade conforme sua vontade e assim o fazem de maneira arbitrária. Desse modo, busca-se o absoluto e as causas primeiras e finais, como, por exemplo, “quem sou?”, “qual é o sentido da vida?”( MESQUITA,2012,p.58).
Para Comte o estágio teológico é o estágio em que o pensamento do individuo está na infância. Ignorando ainda as leis, o homem precisa imaginar um princípio absoluto, “fingindo” que dele tenha brotado a ordem natural e social. Tudo que acontece no meio do individuo ele atribui a um agente sobrenatural. Nesta fase o individuo está apegado às divindades e ao sobrenatural, por isso, não consegue entender os acontecimentos da sociedade.
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