AS INFLUENCIAS FILOSÓFICAS NA PSICOLOGIA
No século XVII o mecanismo, que originou-se na física, como resultado do trabalho de Galileu Galilei e de Isaac Newton, era a doutrina para qual os processos naturais são determinados mecanicamente e passíveis de explicação pelas leis da física e da quântica e que enxergava o universo como uma grande máquina, tornou-se o Zeitgeist da época. Nesse mesmo século, o historiador Daniel Boorstin referia-se ao relógio como a “mãe das máquinas”. Alguns cientistas acreditavam e aceitavam a ideia explicação da harmonia e da ordem do universo baseada na regularidade do relógio, ou seja, o mecanismo é fabricado cuidadosamente pelo relojoeiro, assim como o universo foi arquitetado por Deus para funcionar com regularidade.
Não era difícil perceber a estrutura e o funcionamento do relógio. Era fácil desmontá-lo e verificar exatamente a operação das engrenagens. Essa ideia levou os cientistas a popularizarem o conceito de reducionismo, que é a doutrina que explica os fenômenos em um nível (como as ideias complexas) no que se refere a fenômenos em outro nível (como as ideias simples).
Charles Babbage era fascinado por relógios quando criança, e dedicou-se a vida inteira no desenvolvimento de uma máquina calculadora capaz de realizar as operações matemáticas mais rapidamente que o homem e que permitisse imprimir os resultados. A calculadora de Babbage simulava as ações mentais.
Ainda no Século XVII, o empirismo, doutrina que busca o conhecimento mediante a observação da natureza e a atribuição de todo conhecimento à experiência, ganha importância. René Descartes foi um dos vários estudiosos que marcaram o empirismo e contribuiu diretamente para a psicologia moderna.
René Descartes nasceu na França no ano de 1956, e seu trabalho mais importante para o desenvolvimento da psicologia moderna foi a tentativa de resolver o problema mente-corpo, ou seja, a questão da distinção entre as qualidades mentais e físicas. A ideia revolucionária de