As igrejas borrominicas
Durante a colonização de Portugal e Espanha a parte da ocupação foi mais efetuada pelos franciscanos, dominicanos e jesuítas. Além da ocupação eles foram os responsáveis da disseminação dos ideais e idéias dos colonizadores para a população local. Com a povoação dos missionários veio a criação de igrejas e estas tinham como base a arquitetura Ibérica. Apesar de haver diferenças entre a arquitetura de Portugal e da Espanha e das construções sofrerem influências do local onde são implantadas, todas elas tinham um elemento comum: a planta baixa retangular. Isso só era modificado com a intervenção de um arquiteto estrangeiro. Essa característica tão presente na arquitetura ibérica é excluída de um conjunto de igrejas, do século XVIII, localizadas em Minas Gerais, Brasil. Estas são as chamadas “borromínicas” e é sobre elas que o referente texto trata. “superior a tudo e singular nas esculturas de pedra em todo o vulto ou meio relevado e no debuxo e ornatos irregulares ao melhor gosto do freguês é o sobredito Antônio Francisco [Aleijadinho]. Em qualquer peça sua que serve de realce aos edifícios mais elegantes, admira-se a invenção, o equilíbrio natural ou composto, a justeza das dimensões, a energia dos usos e costumes e a escolha e disposição dos acessórios com os grupos verossímeis que inspira a bela natureza. Tanta preciosidade se acha depositada em uma corpo enfermo que precisa ser conduzido a qualquer parte e atarem-se-lhe os ferros para poder obrar” (página 130).
O trecho acima foi retirado de um texto do século XVIII, no qual ele trata de três grupos diferentes da arquitetura religiosa mineira: “as grandes matrizes de Vila Rica e a Catedral de Mariana”; igrejas de José Pereira dos Santos; novas igrejas: “as Matrizes de Caeté e Morro Grande e as igrejas franciscanas de Mariana e São João del Rei”, esta ultima foi construída pelo Aleijadinho. As igrejas construídas nas regiões de domínio português, do