As escolas literárias - Resumo
Na década de 1930, enquanto o rádio, o mais moderno meio de comunicação de massa da época, encurtava as distâncias, aproximando o país de ponta a ponta, nossa prosa de ficção, com renovada força criadora, nos punha em contato com um Brasil pouco conhecido. Por meio da obra de autores como Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Érico Veríssimo, Dionélio Machado, desponta um Brasil multifacetado, apresentado em sua diversidade regional e cultural, mas com problemas comuns a quase todas as regiões: a miséria, a ignorância, a opressão nas relações de trabalho, as forças atávicas da natureza sobre o homem desprotegido. Herdeiros diretos dos modernistas de 1922, os modernistas da segunda geração (30-45) também se voltam para a realidade brasileira, mas agora com uma intenção clara de denúncia social e de engajamento político. Unindo ideologia e análise sociológica e psicológica a novas técnicas narrativas, o romance de 30 alcança um dos melhores momentos da ficção brasileira. O romance de 30 trilhou diferentes caminhos, sendo o regionalismo, especialmente o nordestino, o mais importante entre todos. Escritores como Raquel de Queiroz, Jorge Amado e Graciliano Ramos recriaram criticamente as mais diversas possibilidades advindas da região do Nordeste brasileiro.
Além do regionalismo, a década de 30 viu florescer outras linhas temáticas no romance. No Rio de Janeiro e no Sul do país, surge o romance urbano e psicológico, tendo como representantes os autores Marques Rebelo, Cornélio Pena e Érico Veríssimo.
A Segunda Fase do Modernismo: A Poesia
A poesia e o romance de 30 tomaram rumos diferentes, embora tenham conservado algumas características em comum. Os poetas de 30, interessados fundamentalmente no sentido da existência humana, no confronto do homem com a realidade, enfim, no “estar-no-mundo”, seguiram caminhos diferentes, que vão da reflexão filosófico-existencialista ao