As empresas familiares

INTRODUÇÃO

As empresas familiares são organizações que predominam no cenário econômico mundial. Estima-se que 40% das quinhentas maiores empresas listadas pela revista Fortune (1998) sejam de propriedade de famílias ou por elas controladas.¹
Na cenário econômico brasileiro, entre as 300 maiores empresas nacionais, 256 são familiares, conforme pesquisa da PricewaterhouseCooper².
Segundo Domingos Ricca³, sócio e diretor da DS Consultoria Empresarial e Educacional e diretor presidente da Revista Empresa Familiar, essas empresas geram empregos formais diretos e participam do PIB em 12% do segmento agronegócios, 34% da indústria e 54% de serviços.
Nas economias capitalistas, a maioria dessas empresas se inicia com sonhos, muito empenho e o investimento de indivíduos empreendedores e seus parentes, deixando seus legados para as futuras gerações. Muitas empresas nascem do sonho de irmãos e irmãs que aprendem o ofício de seus pais ou da união de casais, como foi o caso da bem sucedida empresa familiar, Votorantim, que surgiu da aquisição da fábrica de tecidos Votorantim por Antônio Pereira Ignácio que casou sua filha Helena com José Ermírio de Moraes, que assumiu a direção da empresa nos anos 50, após a morte do seu sogro. Hoje essa empresa é dirigida por Antônio Ermírio de Moraes que vem controlando os negócios familiares desde 1970.
As empresas administradas por famílias constituem uma forma organizacional muito especial, com consequências positivas e negativas do ponto de vista administrativo.
Do ponto de vista positivo podemos citar a força que a identidade, a linguagem comum e a própria história das famílias exercem sobre os dirigentes da empresa, também membros dessas mesmas famílias, que acabam mantendo dentro dessas empresas as informações estratégicas, o que se torna uma vantagem competitiva. Muitos desses dirigentes se empenham tanto a ponto de se auto sacrificarem, pois num mundo capitalista as duas coisas mais importantes para a grande maioria