As economias - mundo

As economias-mundo

Existe uma grande preocupação entre muitos pesquisadores no século XX com relação ao Estado-nação, sua formação, organização, ascensão, ruptura ou declínio. Empenham-se em desvendar os nexos políticos, econômicos, geoeconômicos, geopolíticos, culturais, religiosos, lingüísticos, étnicos, raciais e todos os que articulam e tencionam as sociedades nacionais, em âmbito internacional, regional, multinacional, transnacional ou mundial.
Com a combinação do olhar do historiador com o do geógrafo consegue-se ter uma visão mais ampla, mais precisa e mais abrangente do que viria a ser uma “economia-mundo”.
Encontra-se no estudo de dois pesquisadores o conceito de “economia-mundo” que se utilizam dessa combinação de olhares em seus estudos.
Wallerstein prefere a noção de “sistema-mundo” enquanto Braudel a de “economia-mundo”, mas ambos mapeiam a geografia e a história com base na primazia do econômico, na idéia de que a história se constitui em um conjunto, ou sucessão, de sistemas econômicos mundiais.
Para Braudil “economia-mundo” seria: Por economia mundial entende-se a economia do mundo globalmente considerado, “o mercado de todo universo”. Por economia-mundo, entendo a economia de uma porção do nosso planeta somente, desde que forme um todo econômico.
Uma economia-mundo pode definir-se como tripla realidade:
- Ocupa um determinado espaço geográfico.
- Uma economia-mundo submete-se a um pólo, a um centro, representado por uma cidade dominante, outrora um Estado-cidade, hoje uma grande capital, uma grande capital econômica.
- Todas as economias-mundo se dividem em zonas sucessivas. Há o coração, isto é, a zona que se estende em torno do centro e as zonas intermediárias à volta do eixo central, também as zonas periféricas, ande a vida dos homens faz lembrar um purgatório ou o inferno. E isso explica-se simplesmente pela sua situação geográfica.
Para Wallerstein o conceito de “sistema-mundo” seria um sistema mundial é um sistema social, um