As Desigualdades Sociais do Brasil
A medida que a sociedade brasileira se industrializou e se urbanizou , novos contingentes populacionais foram absorvidos pelo mercado de trabalho nas cidades. Esse processo iniciou-se nos primeiros anos do século XX, acelerando-se na década de 1950, quando se desenvolveu no pais um grande esforço de industrialização, trazendo junto a urbanização. Criou-se assim um proletariado industrial, e milhares de outros trabalhadores foram atraídos para as cidades a fim de exercer as mais diversas atividades: empregados do comercio, bancários, trabalhadores de construção civil, entregadores, empregados domésticos, vendedores ambulantes, etc. os setores médios, antes constituídos basicamente pelos militares e funcionários públicos, também se diversificaram e cresceram, reunindo numerosos profissionais liberais, pequenos e médios comerciantes.
Com as transformações que ocorreram a partir de então, houve um crescimento vertiginoso das grandes cidades e o esvaziamento progressivo da zona rural. Hoje, com os avanços tecnológicos, essa massa de indivíduos praticamente não encontra chance de emprego, por trata-se de mão de obra desqualificada.
A desigualdade analisada no Brasil
Conforme a cientista social brasileira Marcia Anita Sprandel, em seu livro A POBREZA NO PARAISO TROPICAL, a primeira tentativa de explicar a pobreza no Brasil, a partir do final do século XIX, consistiu em relaciona-la a influencia do clima e a riquezas das matas e do solo. Afirmava-se que o brasileiro era preguiçoso, indolente,