As desigualdades nas Sociedades contemporâneas
Licenciou-se, em 1978, em Economia pelo ISCTE e Doutorou-se em Ciências Económicas pela Universidade de Paris X - Nanterre, a 12 de Outubro de 1984 (Tese de "Doctorat de 3ème cycle" sob orientação do Prof. Eugène Enriquez). No ano seguinte, a 4 de Março, obteve a equivalência ao grau português pela Universidade Técnica de Lisboa. Actualmente é Professor Catedrático da Secção de Sociologia do Departamento de Ciências Sociais do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa, desde 6 de Janeiro de 1994.
AS DESIGUALDADES DE CLASSES E A ESTRATIFICAÇÃO:
AS ALTERAÇÕES DA ESTRUTURA SOCIOECONÓMICA
Ao longo do século XX tem-se vindo a verificar uma extensa pesquisa por parte de várias ciências sociais procurando entender as alterações na estrutura das sociedades industriais. As alterações verificadas num primeiro impacto são alterações no tipo de actividade económica (passagem maioritariamente industrial para serviços); a mudança da composição social da população (surgimento de novos grupos sociais com tendência para a criação de uma classe média); intensificação do papel do Estado na regulação da economia e da sociedade (promovendo a redistribuição dos recursos: o Estado de Bem-Estar social); a melhoria do nível de vida da população assim como uma mudança no consumo e uma alteração da relevância dada ao lazer assim como nos valores e nas atitudes; alterações demográficas; a mundialização e a globalização das economias e sociedade (trocas de económicas que proporcionam o desenvolvimento de novas tecnologias).
Devido a estas alterações socioeconómicas vários autores nos anos 60 depararam-se com uma impossibilidade de análise de estrutura social aplicando as teorias do século XIX, sendo necessária uma nova análise.
Segundo Ralf Dahrendorf, as “sociedades industriais depois de Marx” conheceram grandes