as definições da arte
Com o objetivo de resumir as definições de arte e buscando formas de compreender o fenômeno artístico, o artigo base desta resenha explica brevemente as teorias empreendidas por pensadores de diversas áreas de conhecimento.
1. O pensamento compreendido na antiguidade clássica é baseado nas ideias de Aristóteles e Platão, além de forte embasamento no senso comum. São basicamente “essencialistas”, ou seja, acreditam ser a arte detentora de propriedades intrínsecas (pertencentes ao íntimo do artista ou do apreciador). Além disso, o pensamento clássico afirma ser a arte, uma mera representação da realidade. A restrição nos critérios de definição desse período denota um aspecto que faz com que o pensamento, nos dias de hoje já não nos sirva mais, já que nem todos os meios, cores ou objetos considerados artísticos atualmente são definíveis.
2. Na idade média, Kant (século XVIII) altera o que se entendia por arte até aquele período, livrando o conceito de arte da confusão de ideias e opiniões diversas, afirmando que a arte compreende um gênero de conhecimento autônomo.
Influencia a ideia de uma terceira vertente de conceito para a razão, em que nem as leis da natureza e nem mesmo a própria razão são aplicáveis. Contudo, Kant resalta ainda a impotência para racionalizar a arte.
3. No século posterior, Nietzsche apresenta a arte como um produto dividido em duas vertentes: apolíneo e dionisíaco. Ambos os princípios são naturais e conflituosos, manifestando-se no ser humano por meio de estados psicológicos. Esse pensamento pode ser facilmente vinculado ao essencialismo com suas relações com representações naturalistas da realidade
4. Já no século XX, entre outros, Clive Bell defende que as obras de arte geram nos expectador uma “emoção estética” por meio de formas significantes (sons, movimentos, cores, linhas, ângulos, etc.).