As culturas nacionais como comunidades imaginadas Stuart Hall – Cap. 3

As culturas nacionais como comunidades imaginadas
Stuart Hall – Cap. 3

De acordo com o pensamento clássico de identidade, a nação é formada por um conjunto de símbolos e representações que caracterizam os indivíduos dessa sociedade. Existem cinco elementos que juntos representam a cultura nacional, são eles: narrativas, origens, tradição, mito e folk. Dessa forma, a escola clássica, enxerga o sujeito e a identidade nacional como um todo, como algo unificado e contínuo, entretanto esse conceito apresenta-se de forma distinta na pós-modernidade. Essa nova visão identifica o sujeito como um ser fragmentado, não pertencendo a um único contexto. Na modernidade não importava quão diferentes eram os membros (classe, gênero, raça), todos estavam unificados por uma mesma identidade cultural, dentro do contexto do estado-nação. No entanto, a pós-modernidade mostra que este conceito é fundamentado em bases frágeis, isso porque a maioria das nações é formada por várias culturas, classes sociais e grupos étnicos. A maior dificuldade da era pós-moderna é unificar os pontos fragmentados que formam o sujeito dentro de uma sociedade. Dessa forma, estes podem formar uma cultura que envolva diferentes visões de mundo criando pontos de congruência entre as subculturas que existem dentro da identidade nacional.

O povo do Rio de Janeiro: Bestializados ou Bilontras?

O texto aborda o comportamento da população carioca em relação aos movimentos sócio - políticos com a mudança do sistema politico da monarquia para república.

O capitulo trata que, desde meados do século XIX, havia uma dicotomia na população em relação a politica e as festas populares/culturais/religiosas. Por um lado, havia um forte engajamento sem distinção de classes nas celebrações religiosas, enquanto os temas políticos eram desorganizados e havia desinteresse da população. No Rio de Janeiro, nesta época, coexistia duas visões de atuação e organização social. A vertente anglo-saxônica,