as cruzadas
As Cruzadas foram expedições organizadas pela nobreza sob a inspiração do Papado para libertar a Terra Santa, isto é, a Palestina, onde Jesus Cristo nascera, pregara e morrera, do domínio dos turcos. Estes, originários do Turquestão, haviam se convertido ao islã, e uma de suas tribos, os Seldjúlcidas ocupara, em meados do século XI, a Mesopotâmia, a Síria, a Palestina e parte da Ásia Menor, proibindo as peregrinações de cristãos.
Para "salvar" a Europa Oriental e a Terra Santa o Papa Urbano II convocou a nobreza européia dando origem em 1095 a 1ª Cruza, transformava assim a guerra tão comum no Ocidente, em "guerra contra os infiéis". As Cruzadas, que se estenderam até o século XIII, tiveram como principal motivação a fé, seguida do gosto pela aventura e pelo interesse de cidades italianas em incentivarem o comércio, que já existia, com os muçulmanos.
A população da Europa Medieval possuía mentalidade profundamente religiosa; vivia apegada a superstições e profecias que prenunciavam o fim do mundo. Eles acreditavam que os problemas que estavam acontecendo eram causados pela ocupação do túmulo de Cristo (o Santo Sepulcro na Terra Santa, ou Jerusalém) pelos mulçumanos. Portanto, em sua mentalidade, a solução para seus problemas era acabar com o poder islâmico sobre a região. Além disso, a Igreja pregava aos fiéis que se lutassem contra a ocupação da Terra Santa estariam agradando a Deus e conquistando um lugar no paraíso.
As Cruzadas representavam vantagens para a nobreza secundogênita, uma vez que apenas os primogênitos teriam direito de herança sobre a terra e os bens da família. Assim, os movimentos cruzadistas davam a esses nobres a chance de possuir terras, motivando-os a lutar contra os "infiéis".
A explosão demográfica foi outro fator para que ocorressem as expedições. A necessidade de obter terras para diminuir a pressão populacional na Europa foi decisiva o início do movimento.
Além disso, a Igreja queria diminuir a violência que era comum