As cruzadas
Na verdade, a Primeira Cruzada não foi um único movimento, mas um conjunto de ações bélicas de natureza religiosa, que incluiu a Cruzada Popular, a Cruzada dos Nobres, a Cruzada Germânica e a Cruzada de 1101.
A Primeira Cruzada representou um marco na mentalidade e nas relações de cristãos ocidentais, cristãos orientais e muçulmanos. Apesar das suas conquistas terem eventualmente sido completamente perdidas, também foi o início da expansão do ocidente que, juntamente com a Reconquista da Península Ibérica, resultaria na aventura dos descobrimentos e no imperialismo ocidental.
Em 1095, na cidade de Clermont, durante um concílio, Urbano II fez um discurso chamando os reis e príncipes católicos para que unissem suas forças contra a presença dos infiéis, os muçulmanos, na cidade de Jerusalém. Aderindo o apoio dos nobres europeus, a Primeira Cruzada partiu em 1096.
Utilizando cruzes vermelhas, que indicavam a motivação religiosa do conflito, os participantes da Primeira Cruzada iniciaram sua batalha sitiando várias cidades até atingir o seu destino final.
Contando com sérias dificuldades em prosseguir a jornada, os cruzados passaram por inúmeras privações. Alguns chegaram a beber a própria urina e o sangue de animais devido à falta de água potável.
Em 1097, um contingente de 10.000 pessoas estava em Constantinopla, prontas para o avanço até Jerusalém. Divididos em pequenos exércitos, os cruzados conquistaram as cidades de Nicéia e Antioquia. Logo depois, os exércitos avançaram sobre Jerusalém e provocaram um grande massacre contra os muçulmanos que ali habitavam. Depois