As cores das flores
Deficiência visual diz respeito a uma incapacidade de visão significativa ou total que, mesmo depois de corrigida, afecta significativamente a realização escolar de uma criança.
Se por um lado se entende a avaliação de uma criança invisual pela sua realização escolar, não podemos deixar de perceber, em primeira instância, o papel preponderante dos seus progenitores. É de sobre importância o trabalho desenvolvido pelos Pais, que são os primeiros educadores e com quem a criança irá vivenciar as primeiras experiências e tomar conhecimento do mundo que a rodeia. Todos os pais quando os seus filhos nascem têm expectativas bastante positivas em relação a eles e começam mesmo a imaginar o seu futuro. Porém, quando os seus filhos nascem cegos ou ficam cegos pouco tempo depois do nascimento, os pais sentem-se bastante chocados e desgostosos pelo sucedido, pois não conseguem ver um futuro brilhante para os seus filhos, devido à sua condição. Além disso, raros são os casos em que estão preparados para lidar com a situação, condicionando o saudável desenvolvimento da criança por evidenciarem comportamentos de sobreprotecção.
Ao crescer, o jovem, no contexto familiar, muitas vezes é tratado como um ser inferiorizado, incapaz de executar qualquer atividade, ou decidir por si mesmo, havendo uma subestimação de potencialidades e capacidades, o que faz que a aquisição da identidade social seja mais tardia do que ocorre com o indivíduo são.
Abordando o texto sobre o projecto Mírate!, os técnicos estudaram comportamentos desajustados de alunos com deficiência visual do secundário que evidenciavam exactamente a frustração resultante do seu processo de adaptação social e escolar.
A meu ver, o cerne da temática deste projecto, centra-se essencialmente na dualidade do processo de adaptação destes alunos: a nível social e escolar.
O jovem portador de deficiência, de forma geral, sente-se marginalizado, no âmbito social, sob dois