As contradições entre centralidade e mobilidade na periferia do rio de janeiro
RESUMO
O presente artigo apresenta a ocupação urbana do bairro de Campo Grande e sua importância para a Zona Oeste do município do Rio de Janeiro. Sua posição central na região pressupõe fatores como privilégio das paisagens naturais, infraestrutura desenvolvida e economia próspera do subcentro. Contraditoriamente, a mobilidade limitada e precariedade no transporte público são alguns dos problemas recorrentes, configurando uma inserção restrita no município. O levantamento bibliográfico baseou-se em autores que estudam o fenômeno da centralidade e produção do espaço urbano: Abreu (2006) e Corrêa (1999); infraestrutura: Villaça (2001); e desenvolvimento dos subcentros cariocas: Duarte (1974). A investigação foi enriquecida com fotografias e informações obtidas em vários órgãos oficiais, como Prefeitura e IBGE a fim de respaldar a questão da configuração socioespacial e econômica do local. A elaboração de mapas teve o objetivo de facilitar a visualização da área de influência do bairro e dos eixos viários que foram de importância fundamental para o seu crescimento. PALAVRAS-CHAVE: Campo Grande, crescimento urbano, centralidade, mobilidade. INTRODUÇÃO A questão urbana na metrópole carioca vem sendo discutida por vários estudiosos, como Corrêa (1999), Abreu (2006) e Soares (1965 e 1990). O centro da cidade e adjacências passaram por um processo de urbanização intenso desde o inicio do século passado, diferentemente das extremidades da urbe, na porção oeste, onde ainda prevaleciam características rurais. Porém, o crescimento demográfico, a intensificação da malha viária, as mudanças locacionais das atividades produtivas, entre outros, foram alguns dos fatores que deflagraram uma progressiva expansão da área, que culminou no incremento populacional na década de 1990 no bairro de Campo Grande, modificando a dinâmica econômica, social e