As Cidades do Século XIX
Paris do século XIX Olhares espreitavam o movimento das significativas mudanças que cotidianamente ocorriam na cidade em transmutação. Observaram as mudanças bruscas e violentas que desnudavam a arquitetura e a estética dos lugares antes elegantes e sóbrios, como os boulevards e tantos outros espalhados pelos cantos da cidade. Pessoas podiam assistir, o surgimento imponente do novo modelo de desenvolvimento urbano a exemplo dos logradouros comerciais, das vias públicas, das ruas asfaltadas e limpas, do ar puro em detrimento das ruas sujas e das praças escuras, aromatizadas por uma mistura de odores antagônicos, ínfima parte do cotidiano dos que resistiam às mudanças e ao neoparadigma citadino. O novo e o velho conviviam concomitantemente, surgiam se largas avenidas - para facilitar a rapidez do trafego - expansão da rede de esgotos e abastecimento de água, além do aumento da rede ferroviária - ligando todo o país a Paris e a todo o continente -, assim como também o crescimento da demanda de materiais como o aço e a madeira, a valorização dos terrenos, as novas oportunidades de emprego, o amplo afluxo internacional. Esse processo de renovação do centro urbano dava-se com o planejamento de Haussmam, arquiteto que renovou toda Paris, porém nem todo contexto foi modificado as classes menos favorecidas (proletariado) tiveram dificuldades bem perceptíveis no que se refere às habitações populares. Isso porque, operários e burgueses já não dividiam a mesma vizinhança, os