As causas externas no Brasil em 2000
Os achados deste trabalho mostram que o perfil das causas externas difere quando visto das ópticas da mortalidade e da morbidade. No caso dos óbitos, os homicídios preponderam enquanto que, nas internações hospitalares, o predomínio ocorre com relação às quedas, res- ponsáveis por mais da metade das internações. Os traumas e lesões relacionados com o trans- porte terrestre são importantes tanto na mor- talidade quanto na morbidade. Essas três cau- sas devem ser objeto de políticas públicas vi- sando à sua prevenção e controle.
Não é possível ignorar que a redução da mortalidade por homicídios não é tarefa sim- ples, visto tratar-se de um problema relaciona- do com diversos fatores, que podem ser indivi- duais, sociais, econômicos, culturais, entre ou- tros. Mas, frente às altas taxas mostradas no presente trabalho, esta tarefa se constitui num inadiável desafio, devendo ser reunidos os vá- rios setores da sociedade, saúde pública, segu- rança, universidades, organizações não-gover- namentais e comunidades.
A despeito das limitações apontadas, o ban- co de morbidade se constitui numa rica fonte de informações. Recomenda-se que não so- mente o tipo de