AS CARAS DA EDUCA O 2
Ser professor é ter a oportunidade de aprender diariamente no contexto de sala de aula. Conciliando tempo, espaço e aprendizagem. É preciso entender que a aprendizagem flui de forma contextualizada. Eu estava trabalhando com as crianças do II período da Educação Infantil, adição e subtração, me preocupei em desenvolver um trabalho de forma lúdica, utilizando jogos, brincadeiras e músicas.
Trabalhei dessa forma durante duas semanas, brincando com bloco lógico, blocos de encaixe, fazendo seriação, classificação, contagem, juntando e separando peças. Todas as crianças respondiam as questões colocadas. Assim nós estávamos explorando adição, subtração, cores, formas entre outros conceitos. Tudo iam bem, pensei que já estava pronta a construção da aprendizagem a cerca desses conteúdos, coloquei a prova por meio da escrita, mas fui surpreendida.
No momento do planejamento em frente ao computador, pensei em inúmeras operações matemáticas, digitei algumas como: 2 + 2=; 3 + 1=; 4 – 2=; 5 – 3=. Como a tarefa era para crianças de Educação Infantil coloquei como fundo uma imagem de um pescador num barco com alguns peixes. Pensei ser apenas um fundo para ser colorido pelas crianças, mas foi justamente o que salvou a minha aula. Quando cheguei à sala entreguei as tarefas para as crianças, expliquei e esperei que fizesse. Só algumas crianças fizeram.
Parei um pouco, observei a turma e então perguntei: por que não estão fazendo? É tudo que trabalhamos esses dias. Lembram das peças dos brinquedos é só juntar ou separar, observe os números. Mas me responderam em coro, 2 + 2 o que professora? Sorri, olhei para eles e compreendi que a aprendizagem precisa de um significado para ser construída de forma sólida.
Pensei o que farei? Olhei para a folha com aquelas operações, cheguei perto de um aluno que respondia a todas as questões com auxílio do material concreto. Ele me olhou fixamente e disse: tia só me diz o que eu tenho que