As características dos cinco mundos sociais da empresa
- A “empresa dual” é encontrada em atividades manufatureiras, que fabricam produtos simples, ou em atividades muito competitivas (fast food, distribuição no atacado, limpeza industrial etc.), nas quais o fator principal de competitividade repousa sobre a produtividade direta do trabalho. Essas empresas implementam organizações tayloristas, em que dominam os princípios de especialização de tarefas e de forte divisão do trabalho e das carreiras entre os superiores e os assalariados.
- A “empresa burocrática” é observada no universo de serviço público não mercantil. Essas são organizações tradicionalmente burocráticas, ou seja, com estruturas, procedimentos e estatutos muito formalizados, onde as tarefas são repetitivas e há um renúncia a uma carreira profissional, por um possibilidade de articular melhor a vida no trabalho e a vida fora do trabalho.
- A “empresa comunidade” desenvolve-se em atividades complexas, requerendo altos níveis de know-how, mais freqüentemente sobre mercados especializados que necessitam de constantes inovações. Existe uma integração duradoura dos assalariados com forte afetividade para com a empresa. O projeto de relações internas é baseado na confiança, na proximidade e no desenvolvimento pessoal.
- A “empresa modernizada” concerne, na maior parte das vezes, às empresas antigas, fabricando produtos complexos, mas padronizados, e dispondo de regras estruturadas de gestão de pessoal. Na maioria das vezes são empresas ameaçadas de fechamento, avaliando sua recuperação sobre uma mudança sistêmica, que atinge simultaneamente os produtos, a tecnologia, a organização do trabalho e a gestão de pessoas.
- A “empresa em crise” apresenta características formais idênticas às empresas precedentes, mas esse modelo revela outra face contemporânea da modernização, a da crise dos marcos e das relações de trabalho, onde as ondas de reformas sucedem-se de maneira contínua, dificultando a