As caracteristicas do fenomeno religioso
A modernidade marcou definitivamente, promoveu grandes acontecimentos que revolucionou o mundo ocidental. No mundo econômico, vinha já dos finais da Idade Média, do capitalismo até firmar-se nos séculos XVII e XVIII com a Revolução Industrial. A enorme mudança que estes dados introduziram provocou uma crise no cristianismo, exigindo que se o repense, que possa refazer uma releitura moderna dessa religião. O cristianismo, especialmente sob a forma católica, resistiu ao embate com a modernidade. Construiu uma identidade tão sólida e firme que resiste até hoje.
Entende-se por modernidade um modo e civilização que se desenvolveu na Europa ocidental a partir do século XVI, com o Humanismo Renascentista e a Reforma Protestante. Encontrou seus fundamentos filosóficos e políticos nos séculos XVII e XVIII, com o pensamento empirista, racionalista e iluminista.
A idéia de modernidade no contínuo histórico como emergência de novos “atos da razão”, de novos padrões e paradigmas da vida vivida e pensada, volta-se para o século XVI para estabelecer uma linha de ruptura entre o declínio do antigo e a emergência do novo, a emergência de uma modernidade ocidental.
O século XVI é considerado o século da ruptura com a Idade Média Latina reconhecida como Idade de uma Civilização Cristã.
A sociedade moderna se opõe constantemente à tradição cristã, considera superado o que é velho, e substitui a idéia de Deus pela idéia de ciência e de progresso. A modernidade, pelo fato de “privatizar” a religião, não significou o seu fim, mas o fim da fundamentação e legitimação religiosa das estruturas sociais e políticas que é a marca da construção da primeira civilização não-religiosa da história, na qual a modernidade se afirma na sua novidade e na justificação de seus valores.
A história introduziu de forma irreversível a perspectiva crítica da avaliação da cultura, das instituições e também da religião. Cada vez mais o ser humano moderno tem a consciência de estar