As bandeiras para Goiás
Em 1673 partira a bandeira de Manuel de Campos Bicudo e seu filho Antônio Pires de Campos, com Bartolomeu Bueno da Silva, o "Anhaguera" e seu filho Bartolomeu Bueno da Silva Filho (1672-1740). Bicudo ao longo da vida participou de 24 bandeiras, e na ocasião de 1673 ele e seu filho que tinha apenas 14 anos na ocasião, junto com cerca de 60 homens debandaram para desbravar os sertões do que hoje é Mato Grosso, onde descobriram uma serra que batizaram de Serra dos Martírios, e acabaram na viagem encontrado algumas pepitas de ouro. Nos sertões de "catacases" como era chamado ou sertões goianos, eles se encontraram com o Anhaguera.
Anhaguera Segundo, chegou a participar da corrida do ouro, mas devido a grande rivalidade e perigo gerado na região mineradora, decidiu voltar a ser bandeirante, indo explorar o sertão de Goiás atrás de riquezas pelos anos seguintes. Fundou o povoado de Santana em 1726, e Vila Boa de Goiás em 1739 (atualmente a cidade de Goiás), acabou descobrindo ouro no rio Vermelho, o que lhe rendeu o título de capitão-mor das minas, dado pelo rei D. João V, posteriormente começou a ser acusado de contrabando de ouro e sonegação de impostos, veio a falecer em Vila Boa de Goiás, vila que ajudara a fundar.
Francisco Pedregoso Xavier, filho de João Pedroso, o "Terror dos Índios", companheiro de Raposo Tavares nas lutas no Guairá, em 1675 organizou uma expedição para atacar as reduções jesuíticas no Mato Grosso (neste caso Mato Grosso do Sul, hoje.) Sua bandeira saqueou algumas missões jesuíticas, levando-o a confrontar o governador do Paraguai, Juan Díaz de Andino. Francisco Pedregoso não querendo se arriscar numa batalha contra o governador paraguaio, decidiu se retirar o quanto antes em direção a São Paulo, levando consigo pelo menos 4 mil cativos.
Entre 1710 e 1730, várias bandeiras percorreram Mato Grosso e Goiás atrás de minas de ouro, motivados pela corrida do ouro que havia se instaurado em Minas Gerais. De fato, algumas