As andorinhas voltaram
PARTE I – PULPITE AGUDA.
Introdução
O tecido pulpar pode experimentar variado quadro de alterações patológicas, contudo, as doenças da polpa são em sua maioria de natureza inflamatória (pulpites). A iniciação e progressão das pulpites depende de particularidades inerentes ao agente agressor e das condições de vida momentânea e pregressa deste tecido. Ademais, deve-se ressaltar as características particulares da polpa dentária em relação à outros tecidos conjuntivos do corpo humano, tais como paredes rígidas (formada por dentina), circulação do tipo terminal (principal aporte sangüíneo entra e sai através do forame) e consequentemente à escassa circulação colateral. Portanto, ao longo da sua existência, a polpa dentária, ou melhor, o complexo pulpo-dentinário, está sob as influências das condições adversas da cavidade bucal, a qual, de sua parte, sofre alterações, traduzindo em variabilidade morfológica, que é o resultado de dois importantíssimos processos:
1) o seu próprio envelhecimento fisiológico associado ou não aos
2) mecanismos de defesa deste tecido.
Estes dois eventos são desencadeados por fatores tais: cárie dentária; desgastes dentários; procedimentos operatórios e restauradores; patologia periodontal (bolsa periodontal, retração gengival); tratamento periodontal (raspagem e alisamento radicular); movimentação dentária induzida; traumatismos dentários e outras causas.
Os aspectos morfológicos que podem influenciar a iniciação e propagação das pulpites são: espessura dentinária;diâmetro dos túbulos dentinários, esclerose dentinária; tratos mortos; dentina reacional; volume da cavidade pulpar; celularidade pulpar, fibrose e hialinização; vascularização/inervação pulpar e calcificações distróficas da polpa.
Portanto, percebe-se claramente, que a ação simultânea e cumulativa dos mecanismos de defesa e do envelhecimento pulpar, conduz o tecido pulpar a