ary barroso
Ary Barroso, nascido em Ubá, Minas Gerais, 7 de novembro de 1903, falecido em Rio de Janeiro, RJ, 9 de fevereiro de 1968.
Compositor-ícone da era do Rádio e maior nome do samba-exaltação, Ary Barroso ficou órfão aos 7 anos e foi criado pelas tias-avós, que queriam fazê-lo pianista de concerto ou padre. Aos 18 anos foi para o Rio de Janeiro estudar Direito. Levou nove anos para se formar e nunca exerceu a profissão.
No Rio foi obrigado a tocar piano em cinemas e cabarés para se sustentar, e passou a se interessar pelo teatro musical, então em ascensão.
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ar ro so e El za S o ar es Entrou para o Rádio em 1933, pela Rádio Philips, e comandou programas de sucesso no Rádio e mais tarde na TV, como “Calouros em Desfile”, da Rádio Tupi, o primeiro show de calouros do Rádio brasileiro – em 1940, a caloura Adileia Silva da Rocha cantou a música “Vereda Tropical” em português e em espanhol. Ela tirou a nota máxima. Mais tarde, despontou sob o nome artístico Dolores Duran. Elza Soares também tirou nota máxima, quando competiu. Ela tinha 13 anos na época. – Depois de Ary Barroso, Hebe
Camargo passou a comandar o programa.
Ainda na década de 30 iniciou carreira como locutor esportivo, profissão que nunca mais foi a mesma depois de Ary Barroso. Conferiu um tom emocional à transmissão e não disfarçava a torcida por seu time, o
Flamengo. Toda vez que o Flamengo marcava um gol, ele tocava uma gaitinha (na foto). Se fosse o adversário, ele virava-se de costas e dizia aos ouvintes: “Não vou nem olhar!”
Conhecido por ser durão e intransigente com quem revelasse gosto ou opinião musical diferente da sua, seus programas de calouros revelaram nomes que fariam história na música brasileira, como Dolores
Duran, Elza Soares ou Elizeth Cardoso. Era temido pelos calouros tanto no Rádio quanto na TV, e exigia que só se cantasse músicas nacionais. Composto em 1939, o samba-exaltação “Aquarela do Brasil” ganha
um prêmio e passa a figurar como hino nacional alternativo