Samba exaltação
Getúlio Vargas, Presidente do Brasil no início do século XX, criou o DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda com a finalidade não só de fazer censura prévia, aos meios de comunicação, mas também com a intenção de elaborar e impor seu ideal, um projeto de construção de um país através do trabalho. Até então o Samba era voltado a malandragem.
A partir daí, o Estado Novo investiu pesado no uso da música como veículo de sua ideologia exaltando o trabalho, chegando a distribuir verbas a escolas de samba, com a condição de que trocassem temas que evocassem a malandragem por temas nacionalistas e patriotas incentivando ao trabalho. Os problemas sociais ficavam escondidos, era proibido mencioná-los
Surge a partir daí os grandes sambas exaltação, sendo um dos maiores representantes dele o compositor e pianista Ary Barroso.
O Samba Exaltação foi na época um samba com melodias longas e letras que faziam apologia ao patriotismo, sempre abordando temas nacionalistas. Muito desenvolvido a partir de 1930 durante o governo de Getúlio Vargas, cultivado por professores de teatro musicado, do rádio e depois do disco, marcando boa parte das músicas produzidas durante o Estado Novo, (1937-1945).
O destaque musical recaia sobre o arranjo orquestral que devia conter elementos eloquentes e grandiosos, dando força ao nacionalismo que se queria demonstrar, tentando mostrar um país de trabalho e grandeza, com uma imagem positiva e moderna.
Ary Barroso ao compor Aquarela do Brasil foi acusado de ter aceitado uma encomenda de Getúlio Vargas, devido a grande coincidência do conteúdo da música com o contexto vivido no momento. Segundo Ary Barroso foi pura coincidência mesmo, o samba estar tão afinado com o espirito da