artista rafael sanzio
Após a morte do pai (1494), que transmitira ao filho o amor pela pintura e as primeiras lições do ofício, foi para Perúgia, onde aprendeu com Pietro Perugino a técnica do afresco ou pintura mural, e ali criou sua primeira obra de realce, O casamento da Virgem (1504). Mudou-se para Florença (1504), atraído pela fama de Michelangelo e Leonardo da Vinci, de quem teria grande influência.
Admirado pela aristocracia e pela corte papal, por sugestão de Bramante, seu amigo e arquiteto do Vaticano, foi encarregado (1508) pelo papa Júlio II de decorar com afrescos as salas do Vaticano, hoje conhecidas como as stanze de Rafael. Nos 12 anos em que permaneceu nessa cidade incumbiu-se de numerosos projetos de envergadura, nos quais deu mostras de uma imaginação variada e fértil.
Sucedeu também a Bramante na decoração das loggias (galerias) do Vaticano. Apesar da grandiosidade do empreendimento, cujas últimas partes foram deixadas principalmente por conta de seus discípulos, ele que então se tornara o pintor da moda, assumiu ao mesmo tempo numerosas outras tarefas: criou retratos, altares, cartões para tapeçarias, cenários teatrais e projetos arquitetônicos de construções profanas e igrejas como a de Sant'Eligio degli Orefici. Tamanho era seu prestígio que, segundo o biógrafo Giorgio Vasari, Leão X chegou a pensar em fazê-lo cardeal.
Famoso por suas Madonas, série de quadros da Santíssima Virgem, diversos painéis nas paredes do Vaticano e várias cenas da História Sagrada, conhecidas com Bíblias de Rafael, tornou-se figura histórica do Renascimento, um movimento artístico, científico e literário que floresceu na Europa no período correspondente entre à Baixa Idade Média e