Artimanhas do capitalismo
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No artigo de Dowbor mostra que o capitalismo joga milhões no desemprego, dilapida o meio ambiente e remunera mais os especuladores do que os produtores. E a construção de alternativas envolve um leque de alianças sociais evidentemente mais amplo do que o conceito de classes redentoras, burguesa para uns, proletária para outros, que dominou o século XX. O debate sobre quem tinha razão continuará sem dúvida a alimentar as nossas discussões, mas a realidade é que a própria realidade mudou. O crescimento econômico, quando existe, não é suficiente. Nem a área produtiva, nem as redes de infraestruturas, e nem os serviços de intermediação funcionarão de maneira adequada se não houver investimento no ser humano, na sua formação, na sua saúde, na sua cultura, no seu lazer, na sua informação. Em outros termos, a dimensão social do desenvolvimento deixa de ser um "complemento", uma dimensão humanitária de certa forma externa aos processos econômicos centrais, para se tornar um dos componentes essenciais da transformação social que vivemos. Como mostra no filme Quanto vale, ou é por quilo? Mostra o fato histórico da exclusão no nosso país, o elemento que permanece em toda história é a dominação, a compra do outro. E como mostra também no artigo de Dowbor e no filme, o ser humano ainda é mercadoria dos seus superiores, como era na época da escravidão propriamente dita.
Já no filme Entre nós, dinheiro mostra quando o dono do bar usa a caixinha de natal pra consertar a porta e fala que era para o bem de todos e na verdade era para o bem dele próprio. Todos no filme são escravos do capitalismo. Colocam o desejo do capitalismo até no bebê “um dia o bebê vai ter um carro”. Mostra um abismo entre as classes sociais, e nós não percebemos isso. A mulher tem um celular bom sendo que não tem dinheiro nem para comprar remédio.
Enfim, os dois mostram os problemas sociais como são desde a época da escravidão até hoje e está se tornando evidente, já não numa visão estreita de crítica