Artigos
De
Opinião
Nome: Everton Teixeira de Souza nº 19 Serie: 2ºA
Professor: Giba
Eu não gosto de drogas. Isso inclui a maconha. Mas como assim ser a favor da legalização? Há inúmeros fatores que me levaram a tomar esta posição. Isso não foi resultado de uma simples conversa ou de ler um ou outro artigo.
Tem a ver [a proibição da maconha] com o preconceito contra árabes, chineses, mexicanos e negros, usuários frequentes de maconha no começo do século XX. Deve muito aos interesses de indústrias poderosas dos anos 20, que vendiam tecidos sintéticos e papel e queriam se livrar de um concorrente, o cânhamo. Tem raízes também na bem-sucedida estratégia de dominação dos Estados Unidos sobre o planeta. E, é claro, guarda relação com o moralismo judaico-cristão (e principalmente protestante-puritano), que não aceita a ideia do prazer sem merecimento – pelo mesmo motivo, no passado, condenou-se a masturbação.
Basicamente, no começo do séc. XX, nos EUA, muitos imigrantes mexicanos fumavam maconha. No Brasil, os escravos recém-libertados também o faziam. Oras, se você não pode proibir que esta gentalha (na visão das elites) ande por aí no meio dos seus filhos brancos e puros, o que fazer? Torne um crime o consumo da maconha, assim você poderá prendê-los e limpar as ruas. Não havia nenhum problema de saúde ou caos social: a proibição tinha apenas um propósito de controle social por parte das elites. Sucessivas pesquisas, encomendadas pelo próprio governo dos EUA, nunca comprovaram nenhum efeito negativo sobre a saúde dos usuários da maconha.
Apenas este ano, foi que cientistas da Nova Zelândia puderam comprovar algum mal relacionado ao fumo da maconha. Como toda fumaça, ela causa câncer. Cerca de 50 substâncias cancerígenas são comuns à fumaça do tabaco e da maconha. O estudo da Nova Zelândia é um dos mais bem aceitos, pois, até então era difícil realizar este tipo de estudo, já que muitas pessoas misturam tabaco com a maconha ou, simplesmente,