Esgotamento Sanitário
Pós-modernidade no Hipercentro de BH
A intenção do trabalho é verificar como concepções e modelos abstratos de
cidade atuam na configuração do espaço urbano e como, neste aspecto,
a teoria da arquitetura se aproxima desta discussão. O reconhecimento da
transposição da literatura urbanística internacional para a realidade local
– mascarada por justificativas técnicas acumula de informações e caráter
emergencial desarticulado – pode contribuir para a compreensão de como
ocorre a estruturação do espaço urbano, sobretudo no caso de áreas
planejadas ou em períodos de retomada do planejamento. Para tal, dois
períodos do planejamento do Hipercentro de Belo Horizonte foram analisados,
o projeto original e as recentes intervenções. Na primeira parte, o trabalho
demonstra a influência da teoria urbanística na concepção do projeto de Aarão
Reis para, em seguida, delinear a evolução do planejamento urbano na capital
A segunda parte o trabalho se dedica ao aprofundamento do conceito de fluxo
e de liberdade, bem como sua relação com o planejamento urbano. A última
parte elege uma das intervenções do Programa Centro Viva a Rua Caetés,
a fim de demonstrar o risco da assimilação ingênua das novas demandas do
planejamento urbano e da relação da arquitetura com a cidade.
A partir da segunda metade da década de 1990, a criminalidade nas grandes
cidades brasileiras começou a crescer de forma assustadora, conforme
poderemos perceber em alguns dados que serão analisados nesse trabalho.
Vários fatores são apontados, pelo senso comum e pela mídia, como
responsáveis por essa crise de segurança pública. Citem-se, como exemplos,
o sucateamento lento e gradual das instituições policiais militares e civis após o
fim da ditadura em 1985; a greve
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