ARTIGO
Infecção Hospitalar é um grande problema de saúde pública, sendo responsável pelo aumento da morbimortalidade dos pacientes, bem como do período de internação e custos assistenciais. Dentre as infecções hospitalares, a infecção do trato urinário (ITU) é a mais comum, sendo a presença de cateter urinário o principal fator de risco. O presente estudo teve como objetivo avaliar as ITUs em pacientes internados num Hospital
Universitário, no período de outubro a dezembro de 2003.
Das 271 amostras de urina analisadas, 51 foram positivas, sendo 27 de pacientes com infecção comunitária do trato urinário e 24 de origem hospitalar. As ITUs comunitárias foram mais comuns em pacientes do sexo feminino
(63%), com idade entre 0 e 15 anos (37%), sendo
Escherichia coli o agente mais freqüente (74,1%). Os episódios de ITU de origem hospitalar ocorreram, na sua maioria, em pacientes que faziam uso de sonda vesical de demora, do sexo masculino (68%) e com idade acima de 50 anos (68%), e tiveram como agentes etiológicos mais freqüentes Escherichia coli (29,1%) e Klebsiella spp.
(29,1%). Quanto à sensibilidade/resistência aos antimicrobianos, E. coli e Klebsiella pneumoniae apresentaram sensibilidade elevada (62,5%) ao sulfametoxazol/trimetoprim e a ampicilina, sugerindo a não utilização desses medicamentos nessa instituição.
Palavras-chave: infecção hospitalar; infecção do trato urinário; cateter urinário.
INTRODUÇÃO
Infecção hospitalar é um sério problema de saúde pública, responsável pelo aumento da morbidade e mortalidade, bem como do período de internação, elevando substancialmente os custos assistenciais (Merle et al., 2002).
Infecção hospitalar é definida pelo Ministério da Saúde como sendo a infecção adquirida após admissão do paciente, que
*Autor correspondente: Mércia de Carvalho Almeida - Curso de Farmácia - Área de Microbiologia - Universidade do
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