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Auto da barca do inferno é um livro escrito por Gil Vicente, o primeiro dramaturgo da língua portuguesa.A história gira em torno de treze personagens, cada um representando um erro na sociedade, os quais giravam em torno de vícios, fraquezas e falhas cometidas por cada um destes. Quando os personagens falecem, vão parar em um rio, e nele encontram duas barcas. A barca do inferno, que é comandada pelo diabo e um companheiro e a barca da glória, comandada por um único e severo anjo. Entre os personagens estão: Fidalgo, o Onzeneiro, o Sapateiro, o Parvo, o Frade e sua Companheira Florença, Alcoviteira, Judeu, Corregedor e Procurador, Enforcado, e os Quatro Cavaleiros.De acordo com seus atos em vida, cada personagem subirá para o batel rumo ao céu ou descerá ao inferno, isto logo após o julgamento que é relacionado unicamente ao cotidiano de cada um dos personagens. No diabo concentra-se grande parte da crítica sobre a sociedade, pois ele denuncia os vícios, as fraquezas e as falhas com agilidade e firmeza com um tom um tanto bem humorado e, em certos comentos, irônico. Já o anjo tem pequena participação na obra, mas suas respostas são incisivas e seus julgamentos severos. Seu veredito é definitivo. Sempre ao chegarem no local após a morte, os personagens avistam primeiro a barca do inferno. Sem saber o que é, começam um diálogo com o diabo. E ele conta rapidamente as pessoas que a barca os levará ao inferno, e os convida e insiste para que entrem. Alguns tentam ingressar na barca da glória. O anjo proíbe a entrada dos mesmos e é neste momento que acontecem as críticas, que são explícitas a sociedade, pois o anjo explica a eles o motivo pelo qual eles não poderiam adentrar na barca, expondo seus erros e pecados. Existe apenas uma exceção, na verdade duas, que seriam os cavaleiros e o Parvo. Alguns personagens se arrependem do que fizeram na terra, mas outros não chegam a ter nenhum tipo de pensamento de consciência ou arrependimento. Assim eles retornam e entram na