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2.2 RELACOES TRABALHISTAS
A área de relações trabalhistas é o que rege a administração de recursos humanos. Refere-se à interação entre a organização, os seus membros participantes e os sindicatos que o representam.
Pode-se afirmar que a origem da relação de trabalho ocorreu a partir do momento em que o ser humano percebeu, com seu instinto de sobrevivência, a necessidade de prover seu sustento e sua defesa ante um ambiente desconhecido. Com o passar dos tempos, da descoberta do uso de ferramentas ao usufruto de artefatos tecnológicos que temos hoje, a relação trabalhista evoluiu juntamente com o homem.
Considerada a primeira forma organizada de trabalho (MARTINS, 2003, p. 34), a escravidão surge do aumento da demanda por mão-de-obra para manutenção dos grupos. Através do aprisionamento de inimigos, as guerras passaram a fornecer mão-de-obra, iniciando sua relação de trabalho.
Paralelo a isto, surge o regime de servidão, característica dos feudos na idade média, onde o vínculo tinha como base a terra a ser explorada, e não a pessoa. O servo, como assim era chamado, tinha o direito de trabalhar em uma terra cedida pelo senhor feudal, em contrapartida aquele tinha a obrigação de produzir e pagar taxas altíssimas sobre o que era produzido. Ainda assim, foi considerado um grande avanço para as relações trabalhistas, como bem esclarece Mozart Vitor Russomano (1997, p. 14):
[...] o servo, na verdade, não é mais coisa. O direito da época lhe reconhecia determinadas prerrogativas civis. Por exemplo: ele podia contrair núpcias. Embora o casamento dependesse de prévia autorização do senhor feudal, o ato podia consumar-se, pressupondo o direito do servo a constituir família. Pouco a pouco, o trabalhador ressurgiu, na superfície da História, com uma característica inteiramente nova? Passou a ser pessoa, muito embora seus direitos subjetivos fossem limitadíssimos. De qualquer modo, entretanto, o senhor de baço e cutelo, que simboliza o momento culminante do feudalismo,