Artigo
Por: Dalliana Vilar - http://www.mundialistas.com.br/blog/?p=1782
1. Introdução
No período em que se passa o episódio, o comandante-em-chefe dos EUA era John F. Kennedy, o primeiro-ministro da URSS era Nikita Kruschev e, em CUBA, o governo era liderado por Fidel Castro. Estadistas, com exceção do último, cuja atuação seria fundamental para a não deflagração de um conflito nuclear e, pois, de uma III Guerra Mundial.
O presente ensaio, sucintamente, procurará fazer uma análise desse episódio, a partir do que é retratado no filme e demais fontes, com base nos princípios realistas sistematizados por Hans Morguenthau e nas considerações de Edward H. Carr, dentre outros.
2. O episódio
Os U-2 americanos em sobrevôo no espaço aéreo cubano detectam mísseis balísticos de alcance médio. Aparentemente, são SS-4 com alcance de mil milhas e bombas nucleares de três megatons, portanto, aptas a atingir o pouco distante território americano em apenas cinco minutos.
Em vista disso, o governo Kennedy entra em alerta e os líderes das forças armadas reúnem-se com o presidente e os secretários da defesa, do Estado e demais líderes a fim de resolverem a questão.
Nas discussões, diferentes pontos de vista e estratégias militares e diplomáticas são confrontados, abrindo espaço para uma análise da política internacional a qual nos propomos fazer.
Dentre os homens da política, há um grupo favorável à guerra, que pressiona o governo americano a fim de que atue ofensivamente. Alegam que esse armamentismo significa uma mudança na doutrina soviética para uma política ofensiva e, defendem, então, que é preciso agir.
Dean Rusk, Secretário de Estado, sustenta, nesse sentido, que permitir que um país subordinado à URSS no hemisfério americano possua armas nucleares pode gerar graves problemas diplomáticos. Conforme o mesmo, os soviéticos querem mostrar ao mundo que podem fazer tudo sem retaliação; de tal modo que se os